Segurança da esquerda dizendo para não fotografar e segurança da direita que havia permitido a entrada do cliente quando percebeu que estava sendo fotografado.
O princípio da cidadania é o conhecimento de nossos direitos e deveres, por isso, sabendo como não quero ser tratado, bem como não quero que trate o meu próximo, decidi fazer esse relato.
Há muito tempo que estou querendo me manifestar quanto a maneira como somos recebidos nos bancos. Claro que se você estiver de terno, for branco, e aparentar ser uma pessoa "do bem" ou "de bens", será bem recebido pelos seguranças que trabalham no banco. Porém se você for negro, e não aparentar ser uma pessoas de "bens", talvez se extresse.
O que afirmo não é uma constatação só minha, caso contrário não teria acontecido um assassinato de um homem negro, cliente do banco ITAÚ, no centro do Rio, cometido por um segurança também negro.
O sistema de segurança do banco trava a porta giratória quando se está portando metais, que podem ser moedas, chaves, ou qualquer outro metal, sendo destravada pelos seguranças.
Nunca tenho muita paciência já que tenho uma placa de metal no meu braço, o que já seria o suficiente para o acionamento da trava. Entretanto sempre me enquadro, me antecipando e colocando meus metais no local reservado.
Esta semana fui ao ITAÚ da rua Debret, no centro, fazer uma operação. Ao chegar como já sabia o que aconteceria, coloquei no local designado meu chaveiro, o celular e minha camêra fotográfica. O segurança perguntou se tinha alguma coisa dentro da mochila, e eu disse que não. Entrei!
Após minha entrada fiquei de olho no comportamento do segurança. O homem que estava entrando era um negro, e mesmo sem mochila, ficou um tempão para entrar. Para entender o tempo que ele ficou, observei o comportamento, tirei a camêra que já estava na mochila, liguei, o que demorou ainda quase um minuto, virei a camêra e fotografei! Foi quando um outro segurança, que está no canto esquerdo da primeira foto, disse que eu não poderia fotografar! Ai disse: sou cliente, chame o gerente!
Dirigi-me para o caixa automático e realizei minha operação de retirada. Fui para a saída e esperei o gerente. Disse-lhe que havia fotografado e que achava um desrespeito a maneira que os seguranças tratam os clientes do banco e que isso já tinha até causado uma morte! Ele tentou se esquivar e eu perguntei: onde é a saída? Desejei-lhe um bom dia e falei que como cliente ia me manifestar. Ao sair percebi que havia uma fila enorme. O motivo? O segurança para não deixar eu sair havia travado a porta!
Dirigi-me para o caixa automático e realizei minha operação de retirada. Fui para a saída e esperei o gerente. Disse-lhe que havia fotografado e que achava um desrespeito a maneira que os seguranças tratam os clientes do banco e que isso já tinha até causado uma morte! Ele tentou se esquivar e eu perguntei: onde é a saída? Desejei-lhe um bom dia e falei que como cliente ia me manifestar. Ao sair percebi que havia uma fila enorme. O motivo? O segurança para não deixar eu sair havia travado a porta!
O princípio da cidadania é o conhecimento de nossos direitos e deveres, por isso, sabendo como não quero ser tratado, bem como não quero que trate o meu próximo, decidi fazer esse relato.