sexta-feira, 14 de novembro de 2008

FAVELANIA

MANIFESTO DO MOVIMENTO FAVELANIA
“A maior ambição revolucionária é ver o homem liberto de sua alienação” (Che Guevara)

A herança do Brasil Colonial se torna evidente diante de um aparelho estatal que em todo o processo histórico da nação, se apresenta à serviço da elite dominante que pretende perpetuar-se no poder. Face à violência e o desrespeito aos direitos dos cidadãos nas favelas em cotidianas situações, que muito mais do que simples casos de abusos significam ausência e omissão do Estado no suprimento das necessidades civis básicas da população de baixa renda, e o cultivo de uma cultura de exclusão e discriminação herdadas da não tão longínqua época das casa grandes e senzalas. O Movimento Favelania manifesta que:
O morador da favela como cidadão brasileiro, possui direito de acesso aos bens de cidadania tais quais segurança, educação, saúde e habitação digna;
Não concorda com o uso de estereótipos e rotulações na administração e exercício do poder público, e reivindica neutralidade, respeito e educação nas abordagens dentro das favelas;
Pretende dar voz às comunidades carentes se colocando como canal de ajuda e veículo de expressão da violência sofrida na mídia; Estaremos procurando difundir de todas as maneiras possíveis a conscientização à população favelada quanto a seus direitos básicos enquanto cidadão, bem como enfatizando uma ideologia de combate a todo e qualquer tipo de abuso aos Direitos Humanos.
A razão de existência deste Movimento deve-se ao resgate dos princípios de liberdade e anseios por igualdade e solidariedade entre os seres humanos, que move as revoluções populares e se demagogiza em tratados e códigos que não encontram práxis social.


Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 1998


Escrito por André Fernandes e Marcio Anhelli

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

SOBRE O ORKUT

*Rafael Huguenin

O site de relacionamentos Orkut ilustra de maneira paradigmática uma característica fundamental de nossa sociedade nos dias atuais, a saber, que o ser das pessoas constitui-se pelo seu aparecer social. Isto é, a essências das pessoas, aquilo que as constitui e as distingue como tais, é completamente reduzida a simples manifestações exteriores de suas personalidades. Manifestações, diga-se de passagem, cuidadosamente escolhidas, de modo que a constituição de si mesmo torna-se uma espécie de montagem. Uma espécie de montagem que, obviamente, representará muito mais o que a pessoa gostaria de ser do que o que ela é de fato. Neste sentido, a montagem de um perfil não apresenta diferenças significativas em relação à montagem de um produto comercial qualquer, como na escolha das características de um carro, por exemplo, na qual é possível selecionar o modelo, a cor, os acessórios e demais atributos superficiais, sem, contudo, alterar o fato básico de que se trata de uma simples transação comercial. Em ambos os casos, a diversidade de opções disponíveis, que no fim das contas são sempre limitadas, cria uma ilusão de liberdade confortante. O indivíduo pensa realmente ser livre ao escolher entre opções previamente dadas. O fundamental, pelo menos para o site em questão, é que sua função primordial, ainda que isso muitas vezes fique implícito, é simplesmente possibilitar e multiplicar a visualização social de um indivíduo. A realidade de um indivíduo é dada na medida em que seu aparecer social, o seu perfil cuidadosamente montado, é visualisado. Ser é ser visto. Ser é aparecer. Quanto mais observada e relacionada a pessoa, mais realidade ela possui. Mas devemos evitar condenar o site, ou as pessoas que o usam, pois o que fazem é reproduzir uma condição geral da sociedade atual. Não é isso que vemos a todo tempo? A busca pela celebridade a todo custo, pelos quinze minutos ou mais de fama a que todos tem direito, mesmo que isso implique a falta de sinceridade para consigo próprio, a falsidade para com o seu próprio ser? Não é isso que a mídia, sobretudo a mídia televisiva, nos diz a todo tempo? Fiquem famosos! Sejam reais!


* Filósofo

terça-feira, 11 de novembro de 2008

TERÇA EM MOVIMENTO

RONAN HORTA E DANIEL FONTES CONVIDAM VOCÊ PARAO TERÇA EM MOVIMENTO. ARTE, BAILE E OVERDOSE CULTURAL NO SEU ESCAMBO CULTURAL NA REPUBLICA LIVRE DE IPANEMA.
ESSA TERÇA TEREMOS:
CURTA: Vossa Excelência "O corrupto" filme de Andressa Furletti e Márcia Medeiros
POESIA EXPRESS PLUS MATER JAZZ FESTIVALESQUETE : Flávio Miguel convida Daniel Fontes e Ronan Horta para uma dublagem curiosa
MÚSICA : ABOU E OS CARAS DA TERRA DJ CONVIDADA: NATASHA HAYDTE
DEPOIS BAILE COM DJ MAURICIO !!!!
**DE VOLTA A DOSE DUPLA DE CAIPIVODKA ATE AS 22: 30 HRS
A PARTIR DAS NOVE DA NOITE NO CONVERSA AFINADA VINICIUS DE MORAES 75 - REPUBLICA LIVRE DE IPANEMA
ENTRADA FEM COM NOME NA LISTA ATE AS 21:00 LIVRE
APÓS 21 hrsENTRADA MASC R$ 10,00 ENTRADA FEMININO R$5,00
ENTRADA MASCULINO (SEM NOME NA LISTA)R$ 20,00
DEPOIS DAS 23:00 R$ 30,00

domingo, 9 de novembro de 2008

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA

O brasileiro lê muito pouco. A média de leitura anual no Brasil é de um livro por ano, enquanto na França é de vinte e cinco. Porém, o hábito de leitura é essencial para a formação do cidadão, e principalmente, para aqueles que abraçaram o ofício de jornalista. É o que afirma o coordenador deste curso no CESUMAR, Geder Luiz Parzianello: "Não acredito no jornalista que não tenha como hábito a leitura cotidiana". Geder ainda foi mais enfático: "A leitura para aquele que faz jornalismo é decisiva, crucial, e indispensável, e quem não lê bate a cara contra a parede". O coordenador não está sozinho em seu pensamento. Ele é corroborado pela professora de técnica de redação Rosane Barros:"sem leitura não existe aquisição de vocabulário, e em consequência não existe produção textual".

De fato, é difícil produzir um bom texto quando não se conhece a fundo o que se pretende abordar. Entrevistei também alunos do terceiro ano do curso de jornalismo do CESUMAR, como Lucas Frederico, 21 anos, que disse que só entrou neste curso porque gostava de ler, e disse mais: "qualquer tipo de mídia precisa de texto, e para um bom texto é necessário leitura". Outro entrevistado foi Thiago Ramari, 19 anos, que é segundo os colegas, um dos melhores alunos. Thiago acaba de estrear em uma coluna de cultura no jornal O DIÁRIO, e sua afirmação faz jus ao que disseram os colegas: "a função do jornalista é baseada na leitura. Não podemos entrevistar ninguém sem antes ler muito sobre o assunto que vamos tratar". Parece mesmo que a professora de técnica de redação está fazendo escola. Com a mesma idade de Thiago, Caroline Rocha, sua colega de turma, dispara: "o jornalismo tem que estar fora do senso comum, não pode viver de achismo!" Apesar de ler livros para a faculdade - que exige bastante de seus alunos - e ainda outros fora do currículo, faz-se importante também a leitura de jornais e revistas de circulação nacional e local, como bem disse Ana Carolina Fazio, 22 anos, moradora de Apucarana, também aluna do terceiro ano de jornalismo: "é muito difícil escrever bem sem leitura, mas quando digo leitura, não é só livrinho, mas ler também um bom jornal ou uma boa revista".
O assunto parece mesmo estar em pauta. Este mês a revista CAROS AMIGOS traz um artigo da escritora Ana Miranda com o titulo "SOBRE O HÁBITO DA LEITURA", em que a autora confirma a importância desse hábito e aponta um caminho: "A solução seria introduzir no currículo escolar a matéria leitura".
Texto escrito no primeiro semestre de 2006.

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