sexta-feira, 17 de julho de 2009

Não deu na GRANDE mídia...

VINTE E SETE ANOS DE CIRCO VOADOR
Maria Juça, a produtora do Circo Voador, comemorou ontem seu aniversário com Luiz Melodia, Bateria da Estácio de Sá e Baia. A casa estava lotada e diversas personalidades estavam lá para prestigiá-la. Juça revelou que dia 23 de outubro acontecerá outro aniversário...são vinte e sete anos que ela está à frente do Circo Voador!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Deu na GRANDE mídia...

Flagrante na Lapa
O cineasta Vladimir Seixas enviou para o site do Festival do Minuto um flagrante feito na Lapa. Dois travestis que levaram um calote deixam o cliente pelado na rua: as roupas e os sapatos viraram pagamento pelo serviços prestados.
Fonte: Jornal O DIA - INFORME DO DIA - Fernado Molica com Marcelo Remígio - 15 de julho de 2009

quarta-feira, 15 de julho de 2009

DÉBORA FRANCO LERRER

Ontem conversei com a jornalista Debora Lerrer pelo telefone. Fiquei muito feliz quando ela colocou seu curriculum à disposição para o Curso de Formação de Agente Comunitário de Comunicação. Ela escreve muito bem e em breve estará dando oficinas para os futuros correspondentes da ANF! Segue para apreciação de vocês um texto do blog dela.


Cinematografia indígena e os debates sobre o Brasil

Neste último domingo, dia 12 de julho se encerrou a mostra audiovisual "Primeiros Povos", no Centro Cultural da Caixa Econômica Federal no Rio. O filme de encerramento foi um belíssimo documentário sobre Mário Juruna, o único deputado federal indígena que o Brasil elegeu até hoje, eleito pelos cariocas, ainda durante a ditadura.

Durante os 15 dias em que fiquei sabendo por acaso da mostra, procurei me programar para assisti-la e fui brindada por filmes belíssimos. Documentários feitos por brancos, por indígenas. Filmes de ficção, baseados em fatos reais....
Na última sessão, somente cerca de dez pessoas assistiam ao filme sobre Juruna, de Armando Lacerda, jornalista que fez questão de abrir a palavra para perguntas da platéia.

Estabeleceu-se um diálogo rico e revelador. Alguns espectadores estavam inconformados com a divulgação tacanha de uma mostra tão importante como essa. Uma francesa criticou as pouquíssimas páginas de livros escolares dedicadas aos povos indígenas no Brasil.

Sem entrevista com Juruna, que já andava muito doente com a diabetes que lhe levou embora, a memória deste grande personagem brasileiro é lembrada neste filme por seus parentes.Seu pai, seu filho, primos. A fotografia é belíssima. Os rostos filmados com textura. Os vincos. As cores das pinturas. As expressões dos xavantes. Chegamos à conclusão que uanto mais isoladas as aldeias, mais vida natural, mais os indígenas são saudáveis, belos, livres, dignos.

Mais perto da civilização branca, mais macarrão e, portanto, epidemia de diabetes.

O pai de Juruna, ainda vivo, mantém-se como seus ancestrais. É crítico de quem se aproxima muito da sedutora cultura dos brancos. E é saudável. Forte.

Mas como as imagens dos parentes têm como pano de fundo os discursos de Juruna na Câmara Federal, um dos espectadores fez a pergunta cabal: cadê as falas do Juruna? como podemos ter acesso a elas? Por que não usou mais?

Pois bem, o diretor explicou que dois picaretas contumazes da nossa Câmara Federal faziam questão de discordar do que Juruna falava e ele, sem experiência, não pedia para publicar. Resultado: pouquíssimas falas do nosso único deputado indígena foram publicadas nos Anais do Congresso Nacional! Elas estão registradas, mas não estão publicadas!!!!

Pelo que entendi, para ter acesso a elas, as coisas não são portanto, fáceis, como seriam se todas os seus discursos tivessem sido publicados.

Ou seja, os dois "nobres" deputados, um de nome japonês, que infelizmente não guardei, faziam questão de impedir isso. Manobras regimentais para apagar com uma memória, com a presença do Juruna naquela "Casa". Isso me fez lembrar as criminosas manobras perpetradas pelo "Centrão" durante a Constituinte de 1988 para enterrar a reforma agrária. A coisa foi bem pesada e está bem relatada em livro do saudoso José Gomes da Silva. É de deixar os cabelos e pé. No caso da reforma agrária, os caras do Centrão nem mediram esforços: feriram o regimento e mandaram ver.... passando por cima de figuras que tentaram segurar as pontas, como o Severo Gomes, e sobretudo, da vontade popular que na época havia conseguido 1 milhão de assinaturas para enfim dividir os latifúndios do Brasil...

Mas é isso, a sina dos povos indígenas, a sina dos posseiros, dos sem-terra e dos quilombolas. Eles sempre tentam de qualquer jeito apagar de alguma maneira a memória e com a visibilidade dessas demandas.

Filmes como o "Serra da Desordem", "Terra Vermelha", retratam bem o outro lado os interessados nesse silenciamento: fazendeiros truculentos, criminosos. Um Estado frágil para fazer valer os direitos desses povos que são de fato os verdadeiros brasileiros de quatro costados.

No fim das contas, toda a questão da terra no Brasil passa pelo reconhecimento do direito ancestral de posse, de todos esses povos. Mesmo os sem-terra, que originalmente entram em uma terra improdutiva, geralmente tiveram seus ancestrais, seus parentes expulsos, seja economicamente ou à bala, de suas roças há algum tempo atrás.

O monopólio da terra no Brasil é usualmente fruto de crimes de grilagem. Isso rola no país desde a fatídica Lei de Terras de 1850. O problema é que quem fez o grilo já não está mais na terra, passou ela adiante, e o atual dono apresenta um "papel" provando sua propriedade.

Independente do papel, é é a posse que deveria valer. Em todos os casos. E, como em muitos países europeus,deveria haver limite para o tamanho das propriedades para que todos, literalmente todos os brasileiros, tivessem direito de ter um naco de terra para fazer dela o que bem entender, desde que respeitando a legislação ambiental, trabalhista e a função social da propriedade....

O fato de uma mostra como essa não ter tido repercussão e filmes como o "Juruna, o espírito da floresta", "Serra da Desordem" e "Terra Vermelha" não terem sido objeto de debates públicos intensos, quando foram lançados, até mesmo por suas qualidades estéticas, demonstra que a permanência de uma estrutura fundiária injusta no Brasil é produto do fato de que seus jornalistas, pensadores e intelectuais, os que produzem os debates públicos, não usam seus espaços de expressão para debater filmes como esses. Cultura é debate. Perto dos filmes anódinos que o Brasil vem lançando recentemente, podemos considerar que o pano de fundo de toda a tragédia agrária brasileira é a ignorância de setores influentes desta sociedade. E essa ignorância provavelmente é produzida conscientemente pelos grupos interessados de sempre na manutenção desse silenciamento e dessa ordem social injusta, tanto é que, lá pelos idos da ditadura, se organizaram para que as falas do Juruna não fossem devidamente publicadas nos Anais do Congresso Nacional.


Fonte: Fazendo correr o risco

Comunidade da DÉBORA FRANCO LERRER no ORKUT.

terça-feira, 14 de julho de 2009

DIMINUTA CRÍTICA DE UM DRAMA

MORTE DE CRIANÇA É MATÉRIA PARA O BRASIL...
Mais uma vez lidamos com a invasão midiática em nossas vidas, com fatos dramáticos que nem sempre deveriam ser tão devassados com ocorrem. Que a mídia falada ou escrita cumpre um papel social não se discute, mas o que deve ser motivo de reflexão - como ocorre em alguns espaços sérios, a exemplo do programa Observatório da Imprensa, da TV Brasil - é o aprofundamento pressionador dos telejornais, como os jornais da Rede Globo, o Fantásico, Brasil Urgente e tantos outros de qualidade altamente duvidosa, que direcionam visivelmente a interpretação dos fatos, para um público resignado, nem sempre atento as mensages subliminares e já conquistado por estes brados de vingança medieval (travestidos de justiça).

A pequena Rita de Cassia, de 5 anos, que, segundo notícias veiculadas (inclusive pelas imagens da câmera), jogou-se pela janela, resultou na prisão de Gilson e Fátima, seus pais, pelo argumento, do delegado, de que seriam os responsáveis. O crime, segundo o delegado, é o previsto no art. 133 do Código penal, denominado "Abandono de incapaz" que descreve a seguinte conduta: abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: pena: detenção de 6 a 3 anos. Se resulta morte: reclusão de 4 a 12 anos.

Após intervenção dos advogados dos pais, nesta data, foi concedia a liberdade aos mesmos, pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

Merece ampla atenção a dinâmica dos fatos transcorrida até o momento, pois a notícia deste evento suscitou a lembrança de outros fatos semelhantes, como é claro o da menina Isabela Nardoni. Contudo, neste restou mais fácil imprimir uma responsabilidade aos pais, coisa que não se efetivou facilmente nos corredores e arredores da "Justiça". Porém, o que significa uma morte de uma criança, com cinco anos de idade, para um família inteira? Uma tragédia ou um evento para a justiça? Certamente que inicialmente será uma tragédia familiar, e consequentemente, havendo indícios de vontade ou negligência, a responsabilização pela ocorrência do fato, por parte dos órgãos estatais. Mas, parece que tais aspectos inverteram-se absolutamente, deixando de ser uma corrosão superdimencionada na família, para ser mais um caso de "polícia". Todavia, se ainda for preciso conduzir desta forma os fatos, certamente por uma pressão midiática, travestida no simples dever de informar a sociedade, que seja feita com prudência e profissionalismo.

Resulta, pois, que o fato seja PERFEITAMENTE ENQUADRADO AO TIPO PENAL, isto é, ao modelo abstrato de crime, para que, de início, seja procedida a reação de acordo com os princípios fundamentais do Direito Repressivo Penal. Assim, somente por esta tendência legalista poderíamos, possivelmente feito pelos advogados, questionar a decisão do delegado, de solicitar, imediatamente, a prisão dos pais, vez que o crime, se é que ocorreu algum, segundo o entendimento questionável do delegado, e imputado aos mesmos, foi o já citado Abandono de Incapaz. Mas, para falarmos em crime é preciso analisar, de total início, da conduta realizada. A conduta dos pais pode, para fins de prisão de alguém que acabou de perder a filha, ser considerada ABANDONO? Por que não o crime de "expor a perigo", conforme o art. 132? Ou mesmo o homicídio culposo? Por que as penas são baixas, comparadas as de outros crimes, e portanto poderiam ser rejeitadas pelos tribunais televisivos?

O dicionário nos auxilia definindo que esta expressão significa: ato ou efeito de abandonar. Estado ou condição de quem ou do que está abandonado, largado...Deveríamos realmente indagar: os pais ABANDONARAM a filha, dentro de casa, temporariamente...? Não parece-nos contraditório afirmar que alguém foi abandonado dentro da própria casa, por um curto espaço de tempo? Seria este mesmo o crime praticado, se é que realmente houve um crime? Confundiu-se o dever profissional com a necessidade de atender algum apelo social, considerando os tumultos processuais do caso Isabela Nardoni?

São questões que precisariam ser pensadas, sem o calor emocional ou institucional de um canal de televisão, para que a decisão de solicitação de prisão ocorresse com mais segurança e coerência. Sem falar em qualquer postura mais humana ou compadecida, que também poderia ser levada em consideração. Mas, se estas não são hipóteses razoáveis, que o delegado realize suas ações com mais rigor técnico, demonstrando que conhece bem a matéria, e que não se desloca de acordo com os empurrões da leiga mídia.

Sejamos, então, mais atentos aos termos que usamos, pois, em vários casos, a linguagem deixa de ser apenas um símbolo, uma roupagem, para se transformar na justificativa de uma prisão, um sofrimento maior...dor, muita dor! A prudência setorna a rainha da coerência.

Aderlan Crespo
Advogado Criminalista e professor de Direito Penal
Autor do livro "Curso de criminologia - As relações políticas e jurídicas sobre o crime"

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Jantar de apoio à candidatura de João Tancredo para presidente da OAB-RJ


Participem da comunidade de apoio à João Tancredo no orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=91016138



domingo, 12 de julho de 2009

FILHOS DO REI - O REENCONTRO



Estive agora pela manhã na IBMM - Igreja Batista Missionária do Maracanã, de onde fui membro e missionário durante muitos anos. Fui convidado pelo meu irmão Miguel Nikolaevsky, que está morando em Israel há quatorze anos. O tema de sua pregação foi MISSÕES COM RESPONSABILIDADE, utilizando o texto de Mateus, capitulo 9, versos de 36 à 38. O irmão de Miguel, o Guilherme, foi missionário também no Santa Marta, na época que eu trabalhava lá. Miguel contou de quando saiu daqui com sua esposa Cristina, cada um com uma mala e como sua vida prosperou pelo fato de investir em Missões. Contou que é proibido a evangelização em Israel e que pessoas são presas pelo simples fato de evangelizar. Disse também que trabalhou durante um tempo na polícia de Israel, quando teve muita oportunidade de falar de Jesus através de sua vida. A frase que me chamou atenção durante sua fala foi: "Em Missões não trabalhamos com números, mas lidamos com almas!"




Eu, Miguel, Marcus Vinicius, Alexandre Magno, Fernando Stefanino, Julio Libano, Marcos Romão e Sérgio Silveira, fazíamos parte do Ministério Filhos do Rei. Foi bom rever esse irmão que não via há muitos anos!

Vejam as fotos do culto de hoje no perfil do DIÁRIO ANDRÉ FERNANDES no orkut.

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