sábado, 6 de setembro de 2008

OAB/RJ, ABI e UNE querem debates entre os candidatos

Da redação da Tribuna do Advogado em 05/08/2008.
Diante da proximidade eleitoral e da necessidade de que haja uma maior politização no processo de escolha de candidatos, a OAB/RJ, a Associação Brasileirade de Imprensa (ABI) e a União Nacional dos Estudantes (UNE) assinaram, em conjunto, uma carta aberta em que manifestam a preocupação com o número reduzido de debates entre os candidatos à Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. O apelo é para que as redes abertas de televisão - que até o momento agendaram apenas um debate, ainda assim, às vésperas da eleição - promovam mais encontros entre os candidatos.

Leia abaixo a íntegra da carta.

A OAB/RJ, a ABI e a UNE trazem a público sua preocupação com as amarras que têm sido impostas à campanha eleitoral no Rio de Janeiro. É espantoso que até mesmo para a propaganda na internet a Justiça Eleitoral esteja criando barreiras. É inegável que tais obstáculos à propaganda contribuem para a campanha fria, despolitizada e distante dos eleitores a que estamos assistindo. A OAB/RJ, a ABI e a UNE manifestam, em particular, profunda preocupação com o fato de estar programado apenas um único debate na televisão entre os candidatos a prefeito do Rio - e, mesmo assim, às vésperas de eleição, o que só contribui para agravar o quadro de despolitização a que nos referimos acima. A OAB/RJ, a ABI e a UNE consideram que os eleitores do Rio Janeiro - cidade sempre lembrada como a capital cultural do País - têm o direito inalienável de conhecer as propostas dos candidatos a governar a cidade e de vê-las confrontadas de forma aberta e democrática. A OAB/RJ, a ABI e a UNE lembram, ainda, por oportuno, que o fato de as emissoras de televisão serem detentoras de uma concessão pública traz consigo responsabilidades com a cidadania que não podem ser esquecidas. Por isso, a OAB/RJ, a ABI e a UNE fazem um apelo às emissoras de televisão aberta para que revejam sua decisão de não realizar debates entre os candidatos a prefeito do Rio. Se assim o fizerem estarão contribuindo para um maior esclarecimento dos eleitores - fator imprescindível para um voto consciente - e para o aperfeiçoamento da democracia.
Wadih Damous, presidente da OAB/RJ
Maurício Azêdo, presidente da ABI
Lúcia Stumpf, presidente da UNE

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