André Fernandes*
A cada dia que passa, tenho mais certeza que estamos no caminho certo para a construção de um poderoso instrumento de comunicação das favelas. Ontem, quando voltava de uma reunião de negócios em São Paulo, comentava com meus companheiros sobre a ANF. Disse que estava feliz, pois atualmente, com noventa pessoas cadastradas como colaboradores, para escreverem diretamente em nosso site, a informação está sendo democratizada. Ainda falta muito! Nosso alvo é de trezentas pessoas até o fim do ano. Porém já estamos fazendo um barulho. Nossas publicações estão sendo reproduzidas em outros veículos, nossos colaboradores estão tendo visibilidade e acabam sendo convidados a fazerem publicações em outros lugares e jornalistas que nos acompanham entrevistam nossos colaboradores, transformando-os em fontes para matérias na grande mídia. Quer mais? Então, algumas pessoas que trabalharam conosco, acabaram por serem contratadas por veículos mais “poderosos”, que infelizmente para nós, felizmente para eles, tem mais condições de pagarem melhor.
Hoje temos uma marca, um time e pessoas que nem imagino que se dizem da ANF. Esses dias estava andando em uma favela e fui apresentado para um rapaz. A pessoa que me apresentou falou assim: “Esse aqui é fulano, que também é da ANF…” Eu, lógico que fiquei orgulhoso, cumprimentei-o e perguntei: “quando vai escrever também em nosso site?” Por algumas vezes, ando nos mais diversos lugares e vejo alguém com a camisa da ANF. Uma vez foi bem interessante, pois vi a pessoa com a camisa e falei: “que camisa legal!” Ele respondeu com um sotaque gringo:”estou fantasiado de favelado.” Então tá…
Outra coisa da qual podemos nos orgulhar é o fato de vários artistas estarem usando nossa camisa em seus shows. Mister Catra, já cantou no Circo Voador com ela; Felipe Verissimo, da banda Alforria; Tuta o DJ da festa VINIL É ARTE; Emilio Domingos, DJ da festa PHUNK e até um artista da Lapa, que nem esperava, outro dia estava lá na Rua Joaquim Silva tocando com ela. Quando o Catra pegou a camisa no show do Circo, falou: “Eu sou parte dessa história.” Centenas de camisas já foram vendidas e já contamos com um grande contingente de pessoas que estão aderindo a causa de dar voz aos pobres, como é nossa missão.
Equipe ANF e parceiros no JacarezinhoTambém comentava com meus amigos de viagem ontem, que lideranças de várias favelas estão abraçando a nossa causa e vestindo a camisa. Não podia deixar de citar esse fato, já que o que legitima nossa organização é o fato de não estamos entrando nas favelas, mas sendo porta-vozes das notícias que vem de dentro delas, através dos próprios moradores. Um exemplo do que acabo de afirmar, foi o fato de duas grandes lideranças de favelas do Rio dizerem na última Assembléia Geral de nossa organização, que gostariam de compor nosso Conselho Diretor, instância máxima decisória do nosso grupo.
Agora, porque estou nessa manhã escrevendo essas linhas? Qual o objetivo? Simples! Nosso trabalho está crescendo bastante, temos tido visibilidade e com isso precisamos de mais recursos humanos, materiais e financeiro. Não estamos fazendo mágica, estamos trabalhando bem duro para democratizar a informação das favelas para que toda sociedade possa ter, não só a visão da grande mídia, mas a visão de quem está lá dentro, e com isso, podermos entender, nos unir e participar de fato das mudanças que podem acontecer em nossa sociedade, a partir do envolvimento de cada um. Por isso convido você que ainda está de fora, ou ainda, você que está com dúvidas, porque não conhece muito bem a ANF, para se envolver. Venha fazer parte do nosso time, pois temos muito trabalho e os trabalhadores e recursos ainda são poucos diante de tão grande necessidade. Será que diante de tanto trabalho e necessidade você vai ficar aí parado?
Para se envolver é simples, basta clicar em PARTICIPE ou COLABORE no site da ANF, lá você vai saber como pode ajudar a construir um mundo melhor!
*Fundador e diretor da ANF – Agência de Notícias das Favelas
A cada dia que passa, tenho mais certeza que estamos no caminho certo para a construção de um poderoso instrumento de comunicação das favelas. Ontem, quando voltava de uma reunião de negócios em São Paulo, comentava com meus companheiros sobre a ANF. Disse que estava feliz, pois atualmente, com noventa pessoas cadastradas como colaboradores, para escreverem diretamente em nosso site, a informação está sendo democratizada. Ainda falta muito! Nosso alvo é de trezentas pessoas até o fim do ano. Porém já estamos fazendo um barulho. Nossas publicações estão sendo reproduzidas em outros veículos, nossos colaboradores estão tendo visibilidade e acabam sendo convidados a fazerem publicações em outros lugares e jornalistas que nos acompanham entrevistam nossos colaboradores, transformando-os em fontes para matérias na grande mídia. Quer mais? Então, algumas pessoas que trabalharam conosco, acabaram por serem contratadas por veículos mais “poderosos”, que infelizmente para nós, felizmente para eles, tem mais condições de pagarem melhor.
Hoje temos uma marca, um time e pessoas que nem imagino que se dizem da ANF. Esses dias estava andando em uma favela e fui apresentado para um rapaz. A pessoa que me apresentou falou assim: “Esse aqui é fulano, que também é da ANF…” Eu, lógico que fiquei orgulhoso, cumprimentei-o e perguntei: “quando vai escrever também em nosso site?” Por algumas vezes, ando nos mais diversos lugares e vejo alguém com a camisa da ANF. Uma vez foi bem interessante, pois vi a pessoa com a camisa e falei: “que camisa legal!” Ele respondeu com um sotaque gringo:”estou fantasiado de favelado.” Então tá…
Outra coisa da qual podemos nos orgulhar é o fato de vários artistas estarem usando nossa camisa em seus shows. Mister Catra, já cantou no Circo Voador com ela; Felipe Verissimo, da banda Alforria; Tuta o DJ da festa VINIL É ARTE; Emilio Domingos, DJ da festa PHUNK e até um artista da Lapa, que nem esperava, outro dia estava lá na Rua Joaquim Silva tocando com ela. Quando o Catra pegou a camisa no show do Circo, falou: “Eu sou parte dessa história.” Centenas de camisas já foram vendidas e já contamos com um grande contingente de pessoas que estão aderindo a causa de dar voz aos pobres, como é nossa missão.
Equipe ANF e parceiros no JacarezinhoTambém comentava com meus amigos de viagem ontem, que lideranças de várias favelas estão abraçando a nossa causa e vestindo a camisa. Não podia deixar de citar esse fato, já que o que legitima nossa organização é o fato de não estamos entrando nas favelas, mas sendo porta-vozes das notícias que vem de dentro delas, através dos próprios moradores. Um exemplo do que acabo de afirmar, foi o fato de duas grandes lideranças de favelas do Rio dizerem na última Assembléia Geral de nossa organização, que gostariam de compor nosso Conselho Diretor, instância máxima decisória do nosso grupo.
Agora, porque estou nessa manhã escrevendo essas linhas? Qual o objetivo? Simples! Nosso trabalho está crescendo bastante, temos tido visibilidade e com isso precisamos de mais recursos humanos, materiais e financeiro. Não estamos fazendo mágica, estamos trabalhando bem duro para democratizar a informação das favelas para que toda sociedade possa ter, não só a visão da grande mídia, mas a visão de quem está lá dentro, e com isso, podermos entender, nos unir e participar de fato das mudanças que podem acontecer em nossa sociedade, a partir do envolvimento de cada um. Por isso convido você que ainda está de fora, ou ainda, você que está com dúvidas, porque não conhece muito bem a ANF, para se envolver. Venha fazer parte do nosso time, pois temos muito trabalho e os trabalhadores e recursos ainda são poucos diante de tão grande necessidade. Será que diante de tanto trabalho e necessidade você vai ficar aí parado?
Para se envolver é simples, basta clicar em PARTICIPE ou COLABORE no site da ANF, lá você vai saber como pode ajudar a construir um mundo melhor!
*Fundador e diretor da ANF – Agência de Notícias das Favelas