Acabei de entrar na internet aqui no Paraná e tomei conhecimento do e-mail abaixo enviado ontem por meu pastor Caio Fábio. Sem muitas palavras para esse momento. Estamos juntos mesmo longe...
NOTA DE FALECIMENTO DE CAIO FÁBIO D’ARAÚJO
PAPAI VOLTOU PARA CASA E VIVE ALEGRE JUNTO AO PAI
“Depois de morto ainda fala...” — Hebreus.
Depois de 40 dias na UTI do Hospital Santa Júlia, sendo tratado como um anjo e por anjos, tendo sobrevivido durante este período por total intervenção de milagres divinos e excelentes cuidados médicos e hospitalares, hoje, às 13 horas de Brasília [12 horas em Manaus] — partiu em paz como em paz viveu; e foi cercado de amor, conforme o muito amor com o qual ele a todos amou.
O corpo será velado a partir das 17 horas de hoje na Igreja Presbiteriana Central de Manaus [Rua Silva Ramos 493 esquina com Tarumã], na qual serviu como pastor por quase 25 anos, e como pastor emérito.
O sepultamento será amanhã às 16 horas no Cemitério São João Batista, na sepultura da família.
O culto de ações de graças pela vida linda de papai será amanhã às 14:00h na Igreja Presbiteriana Central: Rua Silva Ramos 493 esquina com Tarumã.
Nós da família agradecemos todo carinho e que a nós nos tem vindo de todos os modos e de todos os lugares.
Nosso agradecimento mais que especial ao doutor Marcel, que se entregou com o amor de um amigo; ao doutor Javier, que foi o cardiologista dele nos últimos anos; ao doutor Sarkis, dono do Hospital e que nos serviu com todo carinho e sem limites; e aos enfermeiros Hilton, Gerilson, Daniel, Miquéias, Batalha e outros, os quais se deram a ele com a força de quem amava.
Nossa família vive da fé; e, meu pai viveu mais ainda; de tal modo que nossa saudade já está plena de amor consolador.
Nele, em Quem a morte já não mata, mas apenas eleva,
Lacy,
Suely,
Ana Lúcia
Caio Fábio Filho,
e todos os netos e bisnetos de meu paizinho.
sábado, 15 de setembro de 2007
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
TERROR E ESPERANÇA NA PALESTINA
Acabei de ler o livro TERROR E ESPERANÇA NA PALESTINA de José Arbex Jr. (série História imediata da Caros Amigos), lançado pela editora Casa Amarela. No livro escrito em 2002, José Arbex relata os dias em que passou entre Israel e a Palestina, essa última tentando se estabelecer contra a vontade da quarta maior potência bélica do planeta. Resolvi então, para deixar-lhe com mais vontade de ler esse livro de pouco menos de cem páginas, colocar aqui dois trechos. Um poema escrito por Mahmud Darwish que dirigia o centro cultural Khalil Sakakini, no subúrbio de Ramallah. O local foi destruído e saqueado por soldados israelenses. E o último parágrafo do livro.
CARTÃO DE IDENTIDADE
(Mahmud Darwish)
(Mahmud Darwish)
Escreve!
Sou árabe.
(...) As minhas raízes foram criadas antes do inicio dos tempos,
antes do nascimento das eras,
antes dos pinheiros e das oliveiras.
Antes que tivesse nascido a erva.
(...) Escreve!
Sou árabe.
Roubaste os pomares dos meus antepassados
e a terra que eu cultivava com meus filhos;
não me deixaste nada, apenas estas rochas.
O governo vai tira-me as rochas, como me disseram?
Sou árabe.
(...) As minhas raízes foram criadas antes do inicio dos tempos,
antes do nascimento das eras,
antes dos pinheiros e das oliveiras.
Antes que tivesse nascido a erva.
(...) Escreve!
Sou árabe.
Roubaste os pomares dos meus antepassados
e a terra que eu cultivava com meus filhos;
não me deixaste nada, apenas estas rochas.
O governo vai tira-me as rochas, como me disseram?
Escreve, então no alto da primeira página:
a ninguém odeio, a ninguém roubo.
Mas, se tiver fome,
Devorarei a carne do usurpador.
Tome cuidado!
Cuidado com minha fome,
cuidado com a minha ira!
Último parágrafo do livro:
“O que está em jogo na Palestina, portanto, é muito mais do que uma “mera” questão de solidariedade internacional para com um povo que sofre injustamente. Estão em jogo os contornos da ordem mundial que vai vigorar ao longo do século 21. Involuntariamente, o heróico povo palestino foi conduzido à posição de vanguarda desse combate. Se dependesse apenas de sua tenacidade, de sua coragem, de sua resistência, de seu amor à vida e a terra, a batalha já estaria ganha. Mas eles enfrentam os piores, os mais poderosos inimigos. Eles dependem da resistência internacional, tanto quanto os povos do mundo dependem deles.
Os palestinos estão fazendo a sua parte. E nós? E você?
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