terça-feira, 25 de março de 2008

NOTÍCIAS DE UM COMPANHEIRO

Já havia falado aqui, ao publicar o texto de Débora Franco Lerrer (PRIVATIZAÇÃO DOS BONDES DE SANTA TERESA), que a havia conhecido na festa de despedida de meu amigo e companheiro José Luis Patrola do MST. Quando conheci Patrola, ele era o representante dos sem-terra junto à FLP (Frente de Luta Popular). O mundo deu voltas, e o passeio no Shopping Rio Sul, organizado pela FLP, na época, está hoje sendo documentado em HIATO:, de Vladimir Seixas, mais um de nossos parceiros nessa caminhada. Nosso companheiro do MST, que na época participou do ato, infelizmente não está entre nós para comemorar a pré-estréia brevemente agendada; mas está no Paraguay, acompanhando as eleições e nos enviando informes sobre a sua agenda de trabalho. Agradecemos sua participação em nosso blog e esperamos receber mais informações do pleito em nosso país vizinho.
Bispos paraguaios exortam a revalorizar o voto para evitar 'conseqüências nefastas'.

A Conferência Episcopal Paraguaia (CEP) exortou a revalorizar o voto nas eleições gerais de 20 de abril e considerou que a “perversacultura política” do país impede o pleno exercício da democracia. As informações se encontram no Periodista Digital, 14-03-2008. A tradução é do Cepat.
“Nunca será suficiente toda prevenção e advertência sobre as nefastas e irreparáveis conseqüências para a qualidade da nossa vida democrática, se subestimarmos ou ‘trivializarmos’ o valor do voto, pessoal, individual e intransferível de cada eleitor”, indicou a CEP em seu extenso comunicado no final de sua 182ª Assembléia Geral Ordinária.
“Também não se trata de manifestar (...) nossas acostumadas preferências (ou prejuízos) partidárias ou políticas, mas escolher os melhores, pessoas idôneas, íntegras e confiáveis para nos representar e desempenhar as mais altas funções doEstado”, explica o documento. Além disso, os bispos opinaram que “a democracia participativa, técnica e propriamente dita, ainda não foi aplicada” no país, apesar de que a Constituição declara que a forma de Governo é a “democracia representativa, participativa e pluralista”. Responsabilizaram por essa situação a “perversa cultura política” que, segundo a CEP, “é a raiz dos males” da democracia nesse país. “Devemos erradicar essa forma corrupta de fazer política na base do clientelismo, do ‘prebendismo’, da corrupção e da impunidade, às custas da idoneidade, da probidade, da trajetória, da dedicação, do esforço e da responsabilidade”, pediram.
Por outro lado, reiteraram que Fernando Lugo, candidato presidencial de um setor da oposição nas eleições gerais de abril próximo, continua sendo bispo apesar de ter renunciado ao seu estado clerical para dedicar-se à política. “Segundo o Código de Direito Canônico, um bispo da Igreja Católica continua a sê-lo para sempre mesmo que (esteja) suspenso em seus ofícios eclesiásticos”, precisou o comunicado. A Constituição paraguaia estipula que os ministros de qualquer religião ou culto não podem ser candidatos a Presidente. Lugo, candidato da coalizão Aliança Patriótica para a Mudança (APC), renunciou em dezembro de 2006 ao seu estado clerical e posteriormente foi suspenso “a divinis” pelo Vaticano, o que, a juízo da CEP, “não significa ser reduzido ao estado laical”.
Os prelados consideraram, assim mesmo, que o candidato da APC “continua sendo bispo” e está “sujeito à autoridade do Papa”. Também reiteraram que a “Igreja não propõe nenhum candidato e, portanto, não apóia nenhuma candidatura”. Lugo, que aparece como favorito nas intenções de voto, é o cabeça de chapa da APC, que tem como candidato a vice-presidente Federico Franco, do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), segunda maior força eleitoral do país.

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