Hoje a tarefa de escrever a coluna não deu na GRANDE mídia, ficou com nosso mais novo colaborador. Conheci Artenius Daniel na bienal da UNE. Jornalista aguerrido ele também acredita que UM MUNDO MELHOR É POSSÍVEL!
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Tropa de Choque de Serra invade Faculdade de Direito da USP
Uma ordem do governador de São Paulo José Serra botou fim, com truculência, a uma manifestação pacífica de estudantes e movimentos sociais na mais antiga faculdade do país, a Faculdade de Direito da USP no Largo São Francisco.
Cerca de 500 manifestantes chegaram por lá no início da noite de terça (21 de agosto), com barracas, faixas e muito discurso contra as políticas pouco inclusivas da instituição, conhecida como “berço das classes favorecidas paulistas”. A ocupação chegou a ter um show improvisado de Tom Zé, que declarou apoio ao movimento.
Apesar de ter sido colocado publicamente a posição do movimento, de permanecer simbolicamente no local por 24h, os cerca de 400 manifestantes que dormiam no pátio da Faculdade foram retirados "à força e de forma violenta", segundo relatou a diretora de comunicação da UNE União Nacional dos Estudanets), Luana Bonone, que estava na ocupação.
Segundo a assessoria de imprensa da PM, a reintegração partiu de uma determinação do governo do Estado. O comando de organização da ocupação já havia negociado com a direção da Faculdade, por meio do vice-diretor , professor Nestor Duarte.
Cerca de 30 estudantes que estavam dentro do Centro Acadêmico XI de Agosto foram encurralados pela tropa de Choque e resistiram à reintegração por cerca de 4 horas.
Os advogados do movimento e a imprensa foram proibidos de se aproximarem. Um cordão de isolamento mantinha-os a cerca de 40 metros de distância. Apenas por volta das 5h30 os próprios integrantes do Centro Acadêmico conseguiram negociar a saída pacífica, com garantia de que não seriam presos.
As lideranças da Jornada de Lutas convocaram um ato de repúdio ao ocorrido para às 15h, no Largo São Francisco. Haverá ainda passeatas em diversas capitais como atividade integrante da Jornada.
Nota pública
Uma coordenação de imprensa da ocupação divulgou nota repudiando a ação da policia e reafirmando o caráter pacífico da manifestação. Leia abaixo:
Os integrantes de movimentos populares que ocuparam a Faculdade de Direito da USP na tarde desta terça feira vêm a público esclarecer os acontecimentos deste ato:
1) Esta ocupação faz parte de uma série de atos realizados através de uma ampla unidade de movimentos sociais em torno de um programa em defesa da Educação Pública em todo o país. Ocupações como esta ocorreram em diversos estados e universidades, como na UFMG, UFRJ e UFBA.
2) Esta era uma ocupação pacífica e simbólica, prevista para terminar às 17 horas da quarta feira, 22 de agosto, conforme negociado com a direção da Faculdade através do Professor Nestor Duarte, vice-diretor.
3) Por volta das duas horas da manhã, momento em que a maioria dos ocupantes já estava dormindo, a tropa de choque invadiu a Faculdade de Direito e realizou a desocupação, numa manifestação de truculência como não se via na Universidade de São Paulo desde a Ditadura Militar.
4) Policiais armados encaminharam os participantes detidos na Faculdade para a 1ª DP. Enquanto no Centro Acadêmico XI de Agosto alguns estudantes se preparavam para retornar à faculdade, a Polícia, sem mandado de reintegração de posse dirigido ao espaço do C.A., forçou, sem sucesso, a saída dos ocupantes inclusive com ameaças de utilização de armas de fogo.
5) Neste momento, a imprensa encontra-se contida pelo cordão de isolamento da PM, assim como os advogados chamados pelo movimento para acompanhar o caso.
6) Nós, estudantes resistentes no XI de Agosto, declaramos repúdio à ação da tropa de choque e condicionamos a nossa saída ao não fichamento de todos os participantes do ato e o acompanhamento da imprensa na delegacia e na sede do XI de Agosto.
Cerca de 500 manifestantes chegaram por lá no início da noite de terça (21 de agosto), com barracas, faixas e muito discurso contra as políticas pouco inclusivas da instituição, conhecida como “berço das classes favorecidas paulistas”. A ocupação chegou a ter um show improvisado de Tom Zé, que declarou apoio ao movimento.
Apesar de ter sido colocado publicamente a posição do movimento, de permanecer simbolicamente no local por 24h, os cerca de 400 manifestantes que dormiam no pátio da Faculdade foram retirados "à força e de forma violenta", segundo relatou a diretora de comunicação da UNE União Nacional dos Estudanets), Luana Bonone, que estava na ocupação.
Segundo a assessoria de imprensa da PM, a reintegração partiu de uma determinação do governo do Estado. O comando de organização da ocupação já havia negociado com a direção da Faculdade, por meio do vice-diretor , professor Nestor Duarte.
Cerca de 30 estudantes que estavam dentro do Centro Acadêmico XI de Agosto foram encurralados pela tropa de Choque e resistiram à reintegração por cerca de 4 horas.
Os advogados do movimento e a imprensa foram proibidos de se aproximarem. Um cordão de isolamento mantinha-os a cerca de 40 metros de distância. Apenas por volta das 5h30 os próprios integrantes do Centro Acadêmico conseguiram negociar a saída pacífica, com garantia de que não seriam presos.
As lideranças da Jornada de Lutas convocaram um ato de repúdio ao ocorrido para às 15h, no Largo São Francisco. Haverá ainda passeatas em diversas capitais como atividade integrante da Jornada.
Nota pública
Uma coordenação de imprensa da ocupação divulgou nota repudiando a ação da policia e reafirmando o caráter pacífico da manifestação. Leia abaixo:
Os integrantes de movimentos populares que ocuparam a Faculdade de Direito da USP na tarde desta terça feira vêm a público esclarecer os acontecimentos deste ato:
1) Esta ocupação faz parte de uma série de atos realizados através de uma ampla unidade de movimentos sociais em torno de um programa em defesa da Educação Pública em todo o país. Ocupações como esta ocorreram em diversos estados e universidades, como na UFMG, UFRJ e UFBA.
2) Esta era uma ocupação pacífica e simbólica, prevista para terminar às 17 horas da quarta feira, 22 de agosto, conforme negociado com a direção da Faculdade através do Professor Nestor Duarte, vice-diretor.
3) Por volta das duas horas da manhã, momento em que a maioria dos ocupantes já estava dormindo, a tropa de choque invadiu a Faculdade de Direito e realizou a desocupação, numa manifestação de truculência como não se via na Universidade de São Paulo desde a Ditadura Militar.
4) Policiais armados encaminharam os participantes detidos na Faculdade para a 1ª DP. Enquanto no Centro Acadêmico XI de Agosto alguns estudantes se preparavam para retornar à faculdade, a Polícia, sem mandado de reintegração de posse dirigido ao espaço do C.A., forçou, sem sucesso, a saída dos ocupantes inclusive com ameaças de utilização de armas de fogo.
5) Neste momento, a imprensa encontra-se contida pelo cordão de isolamento da PM, assim como os advogados chamados pelo movimento para acompanhar o caso.
6) Nós, estudantes resistentes no XI de Agosto, declaramos repúdio à ação da tropa de choque e condicionamos a nossa saída ao não fichamento de todos os participantes do ato e o acompanhamento da imprensa na delegacia e na sede do XI de Agosto.
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